Na última quinta-feira (11), o grupo rebelde islâmico Forças Democráticas Aliadas (ADF), realizou um ataque em um importante canal de travessia de pessoas e mercadorias, na região leste da República Democrática Oriental do Congo (RDC), que deixou três pessoas mortas, carros e motocicletas queimados e destruiu uma embarcação de água improvisada.
No momento em que viajantes, veículos e motocicletas desembarcavam de um barco no canal do rio Semuliki, localizado em Kambo, os jihadistas emergiram das margens e dominaram os agentes de segurança que guardavam o ponto de acesso.
Segundo as autoridades, os rebeldes do ADF fecharam a estrada de Kasindi para Butembo, antes de realizarem o ataque.
“Chegamos aqui às 6h para avaliar a situação. Encontramos projéteis de três veículos queimados, duas motocicletas e os corpos de três pessoas mortas ontem à noite”, contou uma testemunha no local que também relatou, que uma mulher sobrevivente do ataque, foi encontrada pelos agentes de segurança com ferimentos graves.
De acordo com as informações, os mortos no ataque terrorista eram dois marinheiros que tripulavam o barco e um soldado que controlava o acesso ao canal de travessia do rio Semuliki que se unia ao eixo rodoviário Kasindi-Butembo no território de Beni, Nord Kivu.
Um líder da igreja em Butembo classifica o caso como “um revés para o crescimento e comércio da igreja na região”. Ele afirma que há uma crescente de ataques à cristãos inocentes.
“O ataque em Semuliki significa que os rebeldes estão fora de seu esconderijo na floresta de Virunga e estão mirando em igrejas, hospitais, cidades e passageiros em Kasindi. Eles estão tão próximos que os moradores ficam com medo e não conseguem realizar suas atividades diárias em paz. Hoje, a segurança aconselhou aqueles que planejam percorrer a estrada Kasindi Butembo a adiar suas viagens enquanto vasculham a área para restaurar a calma”, relata o líder à International Christian Concern (ICC), instituição que dá suporte à igreja globalmente perseguida.
Com informações e fotos: ICC