A África, considerada o continente mais jovem do mundo, celebrou o Dia da Criança Africana nesta sexta-feira (16). Mais de 60% da população tem menos de 25 anos e estima-se que até 2030 o continente represente 42% da população jovem mundial, ou seja, em menos de dez anos, quase metade dos jovens estarão na África.
O Níger apresenta a maior taxa de natalidade do mundo e, atualmente, é o país com a maior população jovem do continente. Cada nigerina tem em média sete filhos. Os jovens começam a trabalhar muito cedo. Isso acontece porque a maioria das famílias não tem condições de sustentar os filhos nos estudos ou de sobreviver sem contar com a renda que os jovens trazem. A maioria deles sofre com baixa remuneração e condições ruins de trabalho. As meninas são ainda mais discriminadas do que os meninos.
É difícil crescer longe dos ciclos de violência. Aqueles que não se envolvem com grupos radicais e rebeldes enfrentam marginalização e discriminação. Uma das formas de exclusão é privar os jovens de direitos políticos (como o voto) e limitar as oportunidades conforme crescem.
Na comunidade cristã, a violência é ainda maior. Os pequenos são alvos de extremistas que buscam eliminar o futuro da igreja. Sequestros, ataques e mortes cercam o cotidiano de muitos deles, especialmente na Nigéria, que é o país mais violento para cristãos.
Com informações: Portas Abertas (17.06.23)