Comores, país formado por um arquipélago de três ilhas na Costa Oriental da África, comemora 28 de independência da França nesta quinta-feira (06). É uma nação pobre, jovem e de maioria muçulmana sunita. Apesar da maior autonomia, a nação enfrenta uma instabilidade política desde 2002.
A pobreza é um dos maiores desafios de Comores. Quase um quarto da população vive em extrema pobreza. A falta de liberdade religiosa também é um problema que pressiona os cristãos locais. O governo favorece o islamismo, na sociedade civil, na educação e na administração do país. A maioria dos meninos até sete anos são obrigados a estudar em escolas islâmicas e decorar o Alcorão. As autoridades já declararam publicamente que não há liberdade religiosa para os comorenses.
Apenas estrangeiros podem praticar a fé cristã, desde que o façam em ambientes privados. Qualquer cristão visto pregando é multado e sentenciado a prisão por até um ano. As mulheres cristãs de origem muçulmana solteiras são entregues em casamentos forçados e podem ser deserdadas. Já os homens cristãos, são ainda mais oprimidos, pois Comores é uma sociedade matriarcal, onde todas as documentações e processos dependem da família da esposa. Por isso, quando os homens se tornam cristãos podem enfrentar divórcio e serem discriminados no trabalho.
Segundo a Portas Abertas, o país é o 42º na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Com informações: Portas Abertas (06.07.23)