Os cristãos no Chade estão vivendo uma onda de ataques de extremistas, resultando em diversas mortes e famílias deslocadas. Entre abril e maio de 2023, a comunidade enfrentou um dos ataques mais mortais. 37 cristãos, entre eles três pastores, foram mortos e 31 ficaram feridos nas divisas de Nya Pende e Mont-de-Lam, no sul do país.
Além das vítimas, os ataques resultaram em vilarejos vazios e vizinhanças destruídas. A igreja sentiu o impacto provocado pelo deslocamento interno de dezenas de famílias.
Os cristãos que decidiram permanecer na região, compartilharam seus traumas e angústias com os parceiros da Missão Portas Abertas, que foram visitar os sobreviventes para orar por eles e levar ajuda emergencial.
Para o pastor Bernadin Ndilgodo, presidente da igreja Eglises des Freres au Tchad (EEF), uma das mais afetadas pelos ataques letais, o aumento da violência contra cristãos pode ter sido uma represália por causa da morte de um membro da comunidade muçulmana. “É sempre preciso culpar alguém e, com frequência, os cristãos levam a culpa”, disse o pastor.
Testemunhas relataram que os radicais invadiram o vilarejo onde viviam e avançaram direto para o complexo da igreja em busca de pastores e cristãos locais. Com a morte de líderes cristãos, os extremistas buscam enfraquecer a igreja no Sul do Chade, pois as comunidades cristãs ficam sem liderança espiritual por tempo indeterminado.
Durante a visita, os parceiros locais da Portas Abertas entregaram itens de ajuda emergencial, como sacos de arroz, milho, açúcar, óleo, chá, detergente, cobertores, mosquiteiros, esteiras de dormir e Bíblias, para os deslocados internos. Ao menos 49 famílias foram socorridas.
“Primeiramente, em nome da igreja Eglise et Missiona Evangélique au Tchad, queremos agradecer por suas vidas. Nós não nos esquecemos de vocês. Vocês não param de orar por nós e continuam oferecendo ajuda material e espiritual para enfrentarmos as dificuldades”, disse o pastor Bernadin, cuja igreja acolheu alguns deslocados internos.
Com informações Portas Abertas