Ao representar o Brasil na prova de skate street feminino nos Jogos Olimpícos em Paris, no último domingo (28), a atleta Rayssa Leal disse “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” por meio da linguagem brasileira de sinais.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) não permite que os atletas falem de religião e política durante a competição, devido a pluralidade de culturas no evento. A infração é passível de punição, mas, até momento, a skatista afirma não ter sido advertida.
“Rapaz, se eu peguei advertência, eu não tô sabendo ainda, não, porque não chegou em mim ainda, não, isso daí. Se eu pegar alguma advertência, a gente vai descobrir mais tarde”, disse ela em entrevista ao UOL.
Rayssa, conhecida como “fadinha”, explicou o motivo de fazer os sinais: “Eu fiz porque faço em todas as competições. Para mim, é importante. Eu sou cristã, acredito muito em Deus. […] Fiz em língua de sinais, porque provavelmente o microfone não ia pegar a minha voz. Então, foi o meio que achei de comunicar com todo mundo. Eu acho isso muito importante”, completou.
A atleta alcançou os 253,37 pontos em sua apresentação e conquistou o bronze. Aos 16 anos, Rayssa Leal se tornou a brasileira mais jovem a conquistar o pódio em duas edições diferentes das Olimpíadas.
Nesta terça-feira (30), o porta-voz do COI, Mark Adams, se pronunciou sobre a situação de Rayssa e afirmou que fica “feliz de os atletas se expressarem em coletivas, em redes sociais e outros lugares”, no entanto, em campo de disputa, tenta-se manter os esportes. Para Adams, o caso parece ser “um genuíno mal-entendido”.
A expectativa é que, no máximo, o comitê internacional emita uma carta de advertência para atleta.
Com informações Contigo e Uol