No dia 03 de novembro de 1906, o psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer (14/06/1864 a 19/12/1915) descreveu o primeiro caso de uma doença degenerativa, que seria batizada em sua homenagem – Doença de Alzheimer (DA).
O Ministério da Saúde a define como transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
Em 20 de setembro de 2024, a pasta divulgou o Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re) conhecimento e projeções futuras, que conta com dados epidemiológicos, risco, subdiagnóstico e estigma dessa condição. O estudo mostrou que cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais convivem com a doença, um percentual aproximado de 2,71 milhões de casos. A projeção é de que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no Brasil até 2050.
A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
Inicial – alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
Moderado – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;
Grave – resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva; e,
Terminal – restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica. Os pacientes com Alzheimer podem recorrer aos centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS), que oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.
Os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. Com isso, as principais formas de prevenir, não apenas o Alzheimer, além de outras doenças crônicas são: ter um sono de qualidade, atividade física, alimentação adequada, aprender coisas novas e fazer novos amigos.
O Alzheimer, assim como outras doenças crônicas, como por exemplo, o lúpus e a fibromialgia, são temas da Campanha Fevereiro Roxo, criada em 2014 na cidade de Uberlândia (MG), cujo objetivo é conscientizar sobre as referidas doenças, informar e educar a população sobre o diagnóstico e o tratamento adequado para as mesmas.
A Associação Internacional do Alzheimer escolheu o dia 21 de setembro como Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer com o objetivo de fortalecer a divulgação de informações sobre os principais sintomas, formas de tratamento e aconselhamento para os familiares dos pacientes.
Por Ezequias Gadelha / Com informações: Portal do Governo Federal e site Mulher Cristã
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