Nesta terça e quarta-feiras (25 e 26), os chamados “sherpas”, enviados especiais dos chefes de estado/governo dos membros do BRICS, estão reunidos em Brasília para conduzir as discussões rumo à Cúpula de Líderes.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty e sherpa do Brasil no Brics, preside o primeiro dia da reunião onde serão debatidos: o uso de moedas locais em operações financeiras; cooperação em saúde; financiamento de ações de combate à mudança do clima; comércio, investimento e finanças do Brics; governança da inteligência artificial e desenvolvimento institucional do Brics.
Segundo o sherpa brasileiro, o Brasil irá buscar uma aliança pela saúde das populações dos países do chamado Sul-Global.
“O Brasil quer lançar uma parceria global para erradicação, pelo menos redução de incidência de doenças socialmente determinadas, e doenças tropicais negligenciadas. São as doenças justamente que incidem mais sobre os países em desenvolvimento. Não são, eu diria, as prioridades mais altas necessariamente da indústria farmacêutica internacional ou dos centros de pesquisa, porque aí é natural, né? Uma certa concentração de pesquisas e recursos em doenças que incidem mais em países ricos. Por definição, doenças tropicais não são a preocupação maior dos países ricos, porque quase todos são em áreas temperadas”, afirmou Maurício.
De acordo com a Agência Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, abrirá a reunião na terça-feira, no Palácio do Itamaraty, na capital federal. Há ainda a possibilidade de uma sessão especial com discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos participantes, no segundo dia do evento.
O encontro do bloco de 11 países liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul está marcado para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Além dos líderes, o grupo é composto pelos países: Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Indonésia.
Redação CPAD News/ Com informações Agência Brasil e Rádio Brasil