Polícia Civil investiga facções criminosas que impedem a atuação de empresas legalizadas que fornecem provedores de internet em comunidades no Brasil. Foram relatados casos de violência contra operadoras que atuam no setor nos estados do Rio de Janeiro, Pará e Ceará.
Além de instalarem redes ilegais, os criminosos costumam ameaçar, extorquir e até incendiar veículos e lojas de empresas autorizadas.
Desde o ano passado, mais de 120 investigações foram abertas pela Polícia Civil, só no Rio de Janeiro. No entanto, as autoridades reforçam que o sinal do crime não se limita ao Sudeste. Segundo a polícia, facções ameaçaram provedores de internet no Pará e incendiaram o carro de uma empresa em Ananindeua, região metropolitana de Belém. No Ceará, ocorreram 13 ataques em seis semanas.
O delegado Pedro Brasil, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirma que a “internet é a nova boca de fumo”.
O presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Mauricélio Oliveira, reforça o risco do domínio das redes clandestinas. “A gente tem medo que isso escale para o Brasil inteiro, por não ter um retorno rápido da segurança pública. Estamos falando de segurança nacional”, disse.
Redação CPAD News/ Com informações G1