Nesta segunda-feira (31), o Ministério de Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, informou que 1.001 pessoas foram mortas no território e 2.359 ficaram feridas, desde que Israel retomou os ataques no dia 18 de março. E na manhã de hoje (31), outro ataque aéreo feito pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) deixaram pelo menos 10 mortos em Gaza.
As IDF atacaram Rafah, no sul de Gaza, e mataram duas pessoas, horas depois de exigir que os palestinos evacuem a área. Algumas pessoas chegaram a sair sem carregar bagagem com os pertences e seguiram para a área de al-Mawasi, perto de Khan Younis, uma chamada “zona segura”, que carece de ajuda humanitária para os deslocados.
Desde o início da guerra, em 07 de outubro de 2023, cerca de 50.357 pessoas foram mortas e este número inclui 80 vítimas nas últimas 48 horas.
No domingo (30), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avisou que permitiria que os líderes do Hamas abandonassem Gaza, se o movimento islamista palestino aceitar entregar as armas. Netanyahu também disse que Israel está trabalhando na ideia do projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os moradores de Gaza para outros países vizinhos.
Netanyahu disse que, após a guerra, Israel garantiria a segurança geral em Gaza e “permitiria a implementação do plano de Trump”. Nesta segunda, um representante do Hamas pediu aos seus simpatizantes em todo o mundo que peguem em armas para lutar contra o projeto de Trump. “Diante deste plano sinistro, que combina massacres com fome, qualquer pessoa que possa portar armas, em qualquer parte do mundo, deve entrar em ação”, afirmou Sami Abu Zuhri em um comunicado. “Não retenham um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todo mundo rompa seu silêncio”, acrescentou.
De acordo com a emissora Al Jazeera, o Exército israelense atacou uma estrutura residencial no enclave palestino e teria ocasionado a morte de três crianças.
Segundo as IDF, os militares continuam operando em Gaza para “expandir o perímetro de segurança no norte e no centro do território”. “As tropas desmantelaram um túnel subterrâneo de um quilômetro de comprimento pertencente à organização terrorista Hamas. Em uma atividade posterior, os militares localizaram uma oficina usada para a produção de foguetes e lançadores”, disseram as IDF.
Redação CPAD / Com informações Terra, Brasil de Fato e Aljazeera