O Estado Islâmico assumiu a autoria pelo ataque da última sexta-feira, 30 de dezembro, na área rural do estado de Cabo Delgado, em Moçambique. Os extremistas publicaram imagens de casas incendiadas na vila de Namande em suas redes sociais, se responsabilizando pelos ataques à “vila onde os cristãos moram”.
Durante o atentado, duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas.
“Estávamos preparando o jantar quando ouvimos os tiros. Percebi que eram os terroristas, avisei minha família e fugimos”, contou um morador da vila atacada.
Apesar dos esforços das forças do governo em organizar operações para deter os jihadistas em Namande, os confrontos continuaram noite a dentro, provocando um intenso deslocamento interno.
Desde 2017, a província enfrenta uma insurgência armada, com muitos ataques do grupo Estado Islâmico. A violência já resultou em um milhão de pessoas deslocadas de suas terras, sendo a maioria cristãos, e cerca de quatro mil mortes.
De acordo com a Portas Abertas, que mantém as atividades missionárias e assistencialistas em Moçambique por meio de parceiros locais, um relatório da ONU mostra que sete cidades no estado de Cabo Delgado sofreram ataques, gerando 49.226 deslocados internos, sendo mulheres e crianças a maioria deles. As missões cristãs são os principais alvos dos jihadistas.
Com informações Portas Abertas