A ONG Colectivo de Derechos Humanos Nicarágua Nunca Más, com sede na Costa Rica, relatou que pelo menos 253 jornalistas saíram exilados da Nicarágua por razões de segurança ou foram banidos desde abril de 2018 pelo governo do ditador Daniel Ortega.
O relatório foi divulgado por ocasião do sexto aniversário da morte do jornalista Ángel Gahona, que foi baleado enquanto cobria manifestações contra o governo de Ortega. A ONG lembrou que, em setembro último passado, o chefe do Exército nicaraguense, Julio César Avilés, também desqualificou o trabalho dos profissionais de imprensa, chamando-os de “mercenários da informação”.
Segundo o movimento Jornalistas e Comunicadores Independentes da Nicarágua (PCIN), ao menos 56 veículos de comunicação foram fechados ou confiscados pelo governo sandinista desde o início da crise. Na última sexta-feira (19), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) advertiu que a violência do governo Ortega contra os jornalistas nicaraguenses se intensificou, incluindo o roubo de suas casas, o fechamento de suas contas bancárias e ataques a suas famílias.
Com informações: Pleno News, EFE (22.04.22)