O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo. Os sintomas podem variar, mas geralmente incluem dificuldades de comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos.
Tradicionalmente, as causas do autismo foram atribuídas a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A genética desempenha um papel significativo, com muitos casos de autismo ocorrendo em famílias. No entanto, identificar os genes específicos envolvidos tem sido uma tarefa complexa, dada a variabilidade dos sintomas e a diversidade dos fatores contributivos.
Um estudo recente publicado na revista científica britânica Nature sugere que mutações específicas em genes ligados ao desenvolvimento neurológico podem estar diretamente associadas ao autismo. Esses genes desempenham papéis essenciais na formação e no funcionamento das sinapses, as conexões entre os neurônios no cérebro.
Os pesquisadores identificaram que a exposição a toxinas durante a gravidez e complicações no parto podem atuar como desencadeadores importantes. Estudos têm mostrado que parentes de primeiro grau de indivíduos com TEA têm uma probabilidade maior de desenvolver o transtorno.
Recentemente, outro estudo confirmou que irmãos de crianças autistas têm uma chance 20% maior de também serem diagnosticados com TEA. Fatores ambientais e a idade avançada dos pais também aumentam a probabilidade de a criança desenvolver TEA.
Compreender as causas do autismo pode revolucionar o diagnóstico precoce e o desenvolvimento de tratamentos eficazes.
Com informações: Folha Vitória (29.08.24)