Na última terça-feira (27), a CNN publicou um artigo descrevendo a doutrina escatológica da volta iminente de Jesus Cristo para Sua Igreja como um “problema crônico”, que pode causar a “ansiedade de Arrebatamento”, levando “uma vida inteira para curar”.
Essa afirmação pode ser entendida por religiosos como uma ameaça à liberdade de crença, sendo considerada, uma campanha paulatina afim de impedir que a mensagem de esperança seja pregada pela Igreja.
Como uma tentativa de minimizar o Arrebatamento, o artigo busca creditá-lo à apenas uma parte dos cristãos, alegando que a doutrina “não é predominante em denominações católicas ou protestantes tradicionais, como episcopais ou presbiterianismo, e é mais comumente seguido em igrejas evangélicas e fundamentais”.
A matéria traz como um exemplo de ter sofrido “trauma religioso”, a Tiktoker April Ajoy, que se apresenta nas redes sociais como “Ex – conservadora | Desintoxicando o Cristianismo com Humor”. Ajoy relata ter ficado traumatizada, aos 13 anos de idade, com medo de ter sido deixada para trás pelo Arrebatamento.
“A mente de Ajoy começou a se agitar, tentando lembrar, tentando fazer planos. Quando foi a última vez que ela pecou? Ela deveria recusar a marca da besta? Pelo menos, ela pensou, se ela fosse colocada na guilhotina durante o tempo da tribulação, seria uma morte rápida”, diz parte do texto.
A CNN descreve a profecia como um evento em que “cristãos justos ascendem ao céu, enquanto o resto é deixado para trás para sofrer”, e acrescenta, que ainda assim, “é algo para ser temido e bem-vindo, para ser orado e preparado para cada momento de vida de um crente.”
O canal de notícias também fala de uma moradora de Geórgia (EUA), Chelsea Wilson, que afirma ter crescido na “comunidade” evangélica e ter recebido o ensinamento do fim dos tempos como uma “história assustadora da fogueira”.
O presidente e CEO do Centro Global de Pesquisa Religiosa (uma sociedade acadêmica e editora não religiosamente afiliada), Darren Slade, foi ouvido pela CNN afim de analisar e afirmou que, “certos contextos religiosos também foram responsáveis por várias experiências traumáticas para pessoas em todo o mundo”. Segungo a CNN, Slade definiu a “ansiedade de Arrebatamento” como uma “coisa real” e um “problema crônico”.
Em seu site oficial, Slade, reconheceu que “o estudo acadêmico do trauma religioso permanece em sua infância quando comparado a outros estudos em saúde mental”.
“Infelizmente, isso significa que não há dados empíricos reais para apoiar o que vimos e experimentamos em dezenas de milhares: que o trauma religioso existe e é um problema crônico em muitas religiões”, continua o comunicado.
O autor cristão Todd Hampson opinou ao The Christian Post sobre a forma de ensino do Arrebatamento . “Acho que se for tirado do contexto ou ensinado a crianças sem o contexto completo do que Jesus prometeu, qual é a nossa esperança como crentes… pode ser um pouco assustador”, disse.
“Não sei se chamaria de trauma. Essa é provavelmente uma palavra bastante extrema, eu não a ouvi dessa maneira antes”, afirmou Hampson.
Como bem explica o Christian Post, a doutrina conhecida como Arrebatamento, “deriva da palavra harpazo no grego, a língua original do Novo Testamento, e significa literalmente ‘agarrar à força; arrebatar, de repente e decisivamente’”.
Na Bíblia, a volta iminente de Cristo é descrita como “a bem-aventurada esperança” (Tito 2.13), sendo ela preocupante, segundo as Escrituras, apenas para aqueles que vivem no erro.
É válido também lembrar que, eventos como, epidemias, mudança climática e guerra nuclear não foram usados pela CNN, como exemplos de gatilhos para traumas psicológicos.
Com informações Christian Post e CNN