Os EUA deportou cerca de 350 imigrantes para o Panamá, neste mês de fevereiro. Entre os imigrantes estão de cidadãos de países onde há perseguição contra cristãos, incluindo Irã, Paquistão, Afeganistão, China e Uzbequistão.
Alguns foram alojados em um hotel e outros detidos em um campo remoto, com o limite de 30 dias para sair do país centro-americano. Após semanas de ações judiciais e críticas de organizações de direitos humanos, as autoridades do Panamá disseram que os deportados terão a opção de estender sua estadia por 60 dias, se necessário.
No entanto, ao menos 10 imigrantes do grupo, são iranianos que deixaram o Islã e se tornaram cristãos. Devido a lei de sharia, imposta no Irã, os cidadãos muçulmanos são proibidos de mudar de religião ou renunciar à sua fé.
Jeff King, presidente da International Christian Concern (ICC), organização cristã que defende os direitos humanos de cristãos e minorias religiosas, explica que, caso retornem ao seu país de origem esses cristãos correm alto risco de perseguição, e, inclusive, de morte.
“Se retornarem ao Irã, eles enfrentarão a pena de morte por apostasia – um crime grave sob a lei da Sharia”, afirmou ele, em entrevista ao The Christian Post.
A ICC tem trabalhado para resolver o caso desses cristãos iranianos, e alegou ao Departamento de Segurança Interna dos EUA, que forçar o retorno de requerentes de asilo e refugiados de países onde há perseguição contradiz o diversos tratados internacionais, como a Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado.
Por meio de nota, o Departamento de Segurança Interna dos EUA declarou que todos os imigrantes deportados para o Panamá estavam nos EUA ilegalmente e que nenhum deles “afirmou [ter] medo de retornar ao seu país de origem em qualquer momento durante o processo”.
De acordo com o Guiame, Tony Perkins, um ativista americano evangélico, reconheceu os esforços do presidente dos EUA para proteger as fronteiras, mas apelou para que Trump também proteja os cristãos que fogem da perseguição.
“À medida que protegemos nossa pátria, devemos utilizar programas eficazes de refugiados e asilo que protejam os crentes da repatriação para um perigo quase certo”, afirmou.
A diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Hudson Institute, Nina Shea, também se manifestou sobre o caso. “Nossas práticas de asilo e refugiados devem, em primeiro lugar, ir para aqueles que fogem da perseguição religiosa”, declarou ao The Christian Post.
Redação CPAD News/ Com informações InfoMoney, Comunhão e Guiame