Dados da Lista Mundial da Perseguição 2024 revelam que 3.906 cristãos foram sequestrados no mundo por motivos religiosos, 84,5% dos casos aconteceram na Nigéria. Enquanto os radicais matam os homens, as mulheres são aprisionadas, obrigadas a participar dos serviços domésticos, de execuções, além de sofrerem agressões físicas, psicológicas e sexuais e casamento forçado.
Esther (pseudônimo) lembra do ataque do Boko Haram a sua aldeia em Gwoza, no estado de Borno, que deixou o pai dela morto. Ela era adolescente e permaneceu três anos como refém até ser liberta por militares nigerianos. Quando a cristã e outras mulheres foram levadas pelos extremistas, elas foram colocadas em fila e divididas entre os homens para serem suas esposas. As que se recusavam, eram vendidas como escravas.
Em 2015, o “marido” de Esther resolveu mudar de grupo extremista e levou as quatro mulheres dele para Camarões. No entanto, com a morte dele durante um combate, todas fugiram para a floresta. A cristã estava grávida de sete meses quando foi encontrada por oficiais do exército.
Após a libertação, a situação continuava difícil, pois as mulheres eram tratadas como apoiadoras dos terroristas e não vítimas. Esther ficou doente e foi enviada para um quartel, onde recebeu ajuda de um médico cristão e reencontrou sua família.
Com informações: Portas Abertas