A Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety), com sede em Anambra, um grupo da sociedade civil liderado por um criminologista cristão, estima que pelo menos 4 mil cristãos foram martirizados e 2,3 mil sequestrados na Nigéria nos primeiros 10 meses de 2022. E de janeiro de 2021 a março de 2022 (ou seja, em apenas 15 meses), segundo a entidade, os dados já apontavam para mais de 6 mil cristãos martirizados e 4,5 mil sequestrados.
Diante dessa situação, uma petição foi assinada por mais de 32 mil pessoas e entregue à Casa Branca na sexta-feira, 11 de novembro, pedindo ao governo dos Estados Unidos que reintegrasse a Nigéria à sua lista de países onde as condições de liberdade religiosa são mais preocupantes depois que o governo Biden removeu a Nigéria da lista no ano passado.
“É hora de se opor a essa violência e adicionar a Nigéria de volta à lista de Países de Particular Preocupação imediatamente”, diz a petição. “Nos meses de janeiro de 2021 a março de 2022, mais de 6.000 cristãos foram martirizados na Nigéria e aproximadamente 4.500 cristãos foram sequestrados no mesmo período. Milhões de cristãos em todo o país, mas especialmente no Norte, vivem com medo de serem os próximos”.
A petição foi organizada pela Established by Revelation Media e a Alliance Defending Freedom (ADF) e diz ao presidente Joe Biden que a reintegração da Nigéria na lista de “países de particular preocupação” do Departamento de Estado “enviará uma mensagem poderosa de que a perseguição religiosa que ocorre na Nigéria é inaceitável”. Kelsey Zorzi, diretora de defesa da liberdade religiosa global da ADF International, uma organização legal sem fins lucrativos dedicada à defesa da liberdade religiosa, enfatiza que os Estados Unidos devem “manter pressão sobre a Nigéria”.
O esforço ocorre no momento em que o Departamento de Estado norte-americano está se preparando para divulgar suas designações anuais de CPC. A designação CPC foi criada pela Lei Internacional de Liberdade Religiosa de 1998 para denotar países que praticam ou toleram violações flagrantes da liberdade religiosa. A designação visa promover “opções políticas projetadas para cessar as violações particularmente graves da liberdade religiosa”. Uma vez que essas opções “foram razoavelmente esgotadas, uma medida econômica geralmente deve ser imposta”. A designação traz consigo a possibilidade de sanções.
Da Redação CPADNews com informações do The Christian Post