Vítimas do terremoto de 5,9 graus de magnitude que aconteceu na madrugada de quarta-feira (22) no Afeganistão são procuradas por equipes de resgates nesta quinta-feira (23). O fenômeno deixou pelo menos 1.000 mortos no sudeste do país, em condições adversas pela falta de recursos, o terreno montanhoso e as fortes chuvas.
Este foi o terremoto com o maior balanço de vítimas no Afeganistão em mais de duas décadas. Ao menos 1.000 pessoas morreram e 1.500 ficaram feridas apenas na província de Paktika, a mais afetada. As autoridades temem um número de mortos ainda maior porque muitas pessoas continuam presas sob os escombros das casas.
As consequências do terremoto são um desafio para o governo. O talibã, que retomou o poder em agosto do ano passado, mobilizou o exército, apesar dos recursos financeiros muito limitados após o congelamento de ativos no exterior e da interrupção da ajuda internacional ocidental, que apoiou o país durante 20 anos.
O país tem um número reduzido de helicópteros e aviões. A ONU anunciou que pelo menos 2.000 casas foram destruídas e apontou a falta de equipamentos para a retirada dos escombros. O Talibã anunciou nesta quinta-feira que recebeu dois aviões com ajuda do Irã e do Catar. Também chegaram a Paktika oito caminhões com alimentos e material de ajuda do vizinho Paquistão.
Com informações: R7 e AFP (23.06.22)