Vinte e três prédios no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, foram demolidos pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) no domingo (2). Os locais estariam sendo usados por “operativos do terror”. O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina denunciou os atentados. Segundo as IDF, mais de 50 “terroristas” foram mortos na Cisjordânia desde 14 de janeiro.
As invasões aconteceram em Tamun, vilarejo do norte da Cisjordânia, e se expandiram para cinco cidades. Panfletos em árabe foram espalhados pelos militares. Nos informativos, eles explicaram que a operação buscava “erradicar os criminosos armados, os lacaios do Irã”.
Em janeiro, Israel iniciou a ofensiva “Muro de Ferro”, para expulsar o Hamas e a Jihad Islâmica da região de Jenin. Na ocasião, mais de 35 terroristas foram assassinados e mais de 100 pessoas procuradas foram presas. Em um bombardeio anterior, mais de 15 terroristas foram eliminados. Israel reconheceu a morte de vários civis.
Nesta segunda-feira (3), o presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu a conclusão de “todas as etapas do acordo para trazer de volta rapidamente” os 76 reféns que ainda estão na Faixa de Gaza. O secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina, Mustafa Barghouti, acusou Israel de pretender realizar uma “limpeza étnica na Cisjordânia, como na Faixa de Gaza”.
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas foi feito no dia 19 de janeiro de 2025 e marcou uma pausa nas hostilidades na Faixa de Gaza. O conflito começou com um ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023, quando 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram levadas como reféns.
Com informações: Correio Brasiliense e EFE