Durante as pesquisas para elaboração da Lista Mundial da Perseguição 2022, a Missão Portas Abertas descobriu que 49% de abusos sexuais a cristãos aconteceram na África e a maioria deles na Nigéria. O país foi classificado em 7º lugar na classificação das 50 nações mais violentas do mundo para os cristãos.
De acordo com os relatórios, só no período da pesquisa, ao menos 4 mil cristãos foram assassinados e 2.500 sequestrados por declararem sua fé em Jesus.
Por volta das 23h do dia 29 de julho, homens armados invadiram a vila de Angwan Aku, na Nigéria, em busca de vítimas de porta em porta. Uma tempestade atingia a região quando os criminosos sequestraram todas as mulheres que encontraram e as levaram para Kutura, uma cidade vizinha deserta.
Lá, as quatro mulheres, que variavam entre 15 anos idade e 35 anos, sofreram horas de violência sexual.
Em relato à Portas Abertas, uma das sequestradas contou: “Estávamos dormindo quando ouvimos as batidas na porta. Eles invadiram nossa casa e ordenaram que meu marido ficasse no chão, enquanto meu bebê, com menos de um ano, chorava muito. Eles me levaram enquanto eu lutava e implorava pelo meu filho que estava doente. Bateram em mim com um rifle AK47 e me colocaram com as outras meninas raptadas na vila”.
Outra vítima, TJ (pseudônimo), compartilhou com uma parceira da Portas Abertas, que os criminosos a ameaçaram dizendo que ou a violentariam sexualmente ou sequestrariam um de seus familiares para pedir um resgate. A jovem, de 25 anos, disse que eles eram pobres e não tinham dinheiro para pagar um resgate, então eles a levaram na motocicleta para Kutura e a violentaram durante toda a noite. Segundo relatado por TJ, cada uma das raptadas foi violentada por cinco homens antes deles fugirem.
Uma fonte local explicou que os extremistas agem dessa forma, estrategicamente, para destruir as comunidades cristãs. “Eles procuram todas as pessoas. Quando não acham homens para matar, violentam sexualmente as mulheres. Dessa forma, eles atingem todos os membros das famílias cristãs”, contou.
A Portas Abertas informou que segue acompanhando de perto as vítimas do ataque, e tem oferecido ajuda médica e cuidados pós-trauma conforme elas se sentem preparadas para receber.
Com informações Portas Abertas