Cristãos no Sul do Laos são constantemente pressionados a abandonar sua fé em Jesus. Em março de 2023, ocorreram dois casos de perseguição, que ficaram meses em sigilo devido à pressão intensa.
Um parceiro local da Portas Abertas relatou que no último dia 20 de março, a polícia chegou na obra da igreja e ordenou que a construção fosse interrompida. A construção estava progredindo bem até o momento em que uma cruz foi posta na fachada do templo, o que chamou a atenção das autoridades.
“As autoridades pediram que a cruz fosse removida da parede e destruída”, contou Kaithong (pseudônimo). Na ocasião, o pastor e os líderes cristãos pararam o trabalho temporariamente para buscar uma solução para o problema.
“A polícia local visitou os pastores na igreja muitas vezes antes de ordenar a interrupção da construção sob o pretexto de investigação. Mas a construção continuava com muita cautela, para não fazer nada diferente e evitar a atenção das autoridades”, disse o parceiro local. Mas a cautela não foi o suficiente para que as autoridades não intervissem e a obra foi realmente interrompida.
Outra caso no mesmo período, ocorreu em uma província próxima, também no Sul do Laos. Uma igreja doméstica estava realizando uma conferência cristã, quando um policial entrou e ordenou que todos os membros da comunidade renunciassem à fé em Jesus. A autoridade entregou um documento para as pessoas assinarem a renúncia, mas como ninguém assinou, o delegado afirmou ao chefe do vilarejo que faria o que fosse necessário para que os cristãos nunca mais se encontrassem na igreja doméstica e proibiu a realização de futuros cultos.
Segundo o parceiro da Portas Abertas, a comunidade também foi instruída pelo policial a tornar a vida dos cristãos locais mais difícil. “A comunidade tentou de muitas formas obedecer às instruções dadas. Eles jogaram pedras todos os dias na igreja, roubaram as motocicletas dos cristãos locais, apedrejaram as casas dos seguidores de Jesus, usaram estilingues para machucá-los e muito mais. Isso forçou alguns cristãos a deixarem suas casas e morar [provisoriamente] nos campos de arroz. Seis famílias foram afetadas no incidente”, afirmou.
Com informações Portas Abertas