O resultado de um dos ataques a um hospital cristão na República Democrática do Congo (RDC) foi noticiado pelas Portas Abertas na última quinta-feira (27). Mas outros dez incidentes aconteceram apenas em outubro no país. Todos foram atribuídos ao grupo rebelde Forças Aliadas Democráticas (ADF, da sigla em inglês). Os estados de Kivu do Norte e Ituri foram os mais afetados. O grupo estava concentrado na cidade de Beni.
A situação estimulou o medo de que a ADF estivesse expandindo o controle na RDC. Os ataques dos militantes mataram 65 pessoas. Outros incidentes devem ter acontecido sem relatos oficiais, sobretudo nas regiões remotas e vilarejos pequenos.
Militantes do grupo ADF atacaram o vilarejo de Vido, na cidade de Beni, entre os dias 3 e 4 de outubro. Eles mataram 11 cristãos com machados e facões. Algumas pessoas tentaram escapar, mas foram alvejadas por tiros. De acordo com o líder da sociedade civil local, algumas casas do vilarejo foram incendiadas e o número de pessoas sequestradas ainda não foi determinado. O ataque esvaziou os vilarejos e, consequentemente, as igrejas.
No dia 19 de outubro, dois ataques simultâneos aconteceram na cidade de Beni. Um cristão de 54 anos ficou ferido ao pisar em uma mina explosiva. Ele estava escondido por causa de outro atentado e foi atingido assim que saiu do esconderijo. Outros três cristãos foram assassinados no estado de Irumu no mesmo dia. Segundo fontes, militantes encurralaram os veículos, mataram os três e queimaram os carros. No ataque mais recente, no dia 20 de outubro, uma médica cristã e outros 11 cristãos foram mortos.
Os ataques recorrentes tornaram cinco milhões de pessoas em deslocadas internas. Muitas vão para cidades menores ou abrigos onde as condições de sobrevivência são precárias. Elas enfrentam a falta de alimentos, roupas e moradia.
Com informações: Portas Abertas (31.10.22)