No dia 14 de setembro, militantes do grupo extremista Estado Islâmico invadiram o vilarejo de Naquitenge, localizado no distrito de Mocímboa da Praia, no Norte de Moçambique, e mataram onze cristãos.
Uma testemunha, que perdeu o sobrinho no ataque, relatou o genocídio à agência de notícias portuguesa Lusa:
“Quando chegaram, os militantes convocaram uma reunião com toda a comunidade. As pessoas do vilarejo não sabiam que eles eram terroristas. Depois da reunião, os cristãos foram separados dos muçulmanos, com base no nome de cada um, e então eles atiraram nos cristãos”, afirmou.
Algumas vítimas do massacre à tiros conseguiram escapar, feridas, fugindo para a floresta. “Foi o ataque mais perverso de que já ouvimos falar”, expressou o parente de um sobrevivente.
Inicialmente, foi confirmado o total de 11 mortos, mas segundo um parceiro local da Portas Abertas, o ataque resultou no assassinato de 12 cristãos.
“Cinco mulheres cristãs estavam amarradas e presas em uma casa. Os jihadistas incendiaram o local. Todas as mulheres morreram e a casa ficou completamente destruída”, conta parceiro local, acrescentando que, “outros sete cristãos foram atingidos pelos tiros e morreram imediatamente”, disse.A
responsabilidade pelo ataque foi assumida pelo Estado Islâmico, por meio de canais de mídia do grupo extremista.
Para o Ministro da Defesa de Moçambique, o ataque pode se tratar de uma retaliação às forças armadas pela execução do líder do grupo extremista e de dois líderes eméritos da organização, em agosto deste ano.
O país está entre os 50 países mais perigosos para cristãos da Lista Mundial da Perseguição 2023, saindo do 41° lugar, em 2022, para 32°, em 2023.
Com informações Portas Abertas