Desde o golpe em fevereiro de 2021, militares birmaneses governam o país e promovem repetidos ataques à igrejas e outros edifícios religiosos.
A vila historicamente católica no centro de Mianmar, chamada Chan Thar, tem sido alvo frequente. No último dia 7 de maio, vinte casas foram incendiadas durante uma incursão militar na vila, que fica na região de Sagaing.
Apesar de não haver registros de vítimas civis, o ataque resultou na fuga de milhares de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas em busca de um local mais seguro.
O ato de violência aconteceu em meio a uma escalada de combates entre os militares e as forças de defesa do povo (PDFs) em áreas próximas, e já havia sido invadida ao menos outras três vezes pelos militares.
Um outro ataque, que ocorreu no dia 10 de janeiro, deixou duas pessoas mortas a tiros, uma delas era portadora de deficiência mental, e outras três pessoas foram severamente espancadas enquanto as tropas da junta destruíam estátuas na igreja católica e saqueavam propriedades.
Desde então, milhares de católicos da aldeia em uma região onde cristãos e budistas convivem pacificamente há décadas, se viram obrigados a fugir para áreas seguras próximas de Mandalay.
A International Christian Concern (ICC) afirmou que só nesse ano de 2022, “três aldeias católicas históricas na região de Sagaing, o coração de Bamar, onde a resistência aos militares vem crescendo entre os PDFs, foram alvos, enquanto os militares continuam atacando casas e igrejas de civis em regiões predominantemente cristãs, incluindo o estado de Kayah, no leste de Mianmar”.
Com informações International Christian Concern (ICC)