Nesta segunda-feira (31), a Junta Militar que governa Mianmar atualizou o número de mortos para 2.065, vitimados pelo terremoto que atingiu o país na última sexta-feira (28).
Com 7,7 de magnitude, o tremor é um dos mais fortes já registrados em Mianmar, e chegou a ser sentido com intensidade em regiões da China e na Tailândia, onde derrubou um prédio arranha-céu.
As equipes de resgate seguem trabalhando em busca de centenas de desaparecidos em Mianmar e na Tailândia.
Com o abalo sísmico, o governo militar de Mianmar declarou estado de emergência em seis áreas: Divisão de Mandalay, de Bago, de Magway, de Sagaing, estado de Shan e a capital, Naypyitaw.
A Portas Abertas comunicou que seus parceiros locais estão visitando as áreas afetadas em Mianmar para avaliar os danos e planejar a melhor forma de apoiar os cristãos perseguidos. O país ocupa a 13ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2025, da organização que destaca os 50 países mais perigosos para os cristãos.
“A comunicação por telefone fixo está interrompida, e os moradores estão enfrentando desafios para se comunicar uns com os outros. Na maioria das áreas, a internet também ainda está cortada, então não conseguimos receber informações rapidamente”, relata Daisy Htun*, parceira local da Portas Abertas em Mianmar.
A missionária afirmou que duas igrejas foram afetadas, e o pastor e dois diáconos de uma delas ficaram feridos.
“O impacto do terremoto foi tão devastador que as paredes do prédio racharam. Isso resultou em danos graves à sala de oração do andar superior, onde o teto desabou e os móveis ficaram tombados e quebrados. A perna de um jovem foi gravemente ferida enquanto ele tentava escapar do prédio”, contou pastor Caleb*, que acolhe cristãos refugiados em prédio no centro de Mianmar.
Daisy também compartilhou, que pouco antes de os tremores começarem, acontecia um treinamento da Portas Abertas, em uma das igrejas atingidas pelo tremor. No entanto, não tiveram registros de feridos no local. O mesmo ocorreu no edifício onde parceiros locais cuidam de crianças. Apesar de ter sido danificado, também não houve vítimas.
“Agora, as pessoas, cristãos e não cristãos, estão em um estado de desesperança, pensando em sua própria sobrevivência. Para a igreja em Mianmar, na qual muitos já foram afetados pela guerra e forçados a se tornarem deslocados, isso pode ter um efeito cumulativo. Eles já experimentaram o golpe, há dificuldades econômicas e, agora, um desastre natural os atingiu”, relata a missionária da organização.
A Divisão de Sagaing é considerada uma das áreas preocupantes, pois é uma zona de conflito. Por enquanto, não há notícias sobre a situação dos cristãos nessa região.
A Organização das Nações Unidas informou que está enviando suprimentos de socorro para cerca de 23.000 sobreviventes atingidos pelo terremoto no centro de Mianmar.
De acordo com o G1, Índia, China e Tailândia estão entre os países vizinhos que enviaram materiais de socorro e equipes, juntamente com ajuda e pessoal da Malásia, Cingapura e Rússia. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões em ajuda “por meio de organizações humanitárias baseadas em Mianmar”.
Redação CPAD News/ Com informações Portas Abertas/ G1 e Comunhão
*Nomes alterados por segurança