Nesta quinta-feira (29), ocorreu a cerimônia formal de devolução de um dos mais antigos Evangelhos escritos à mão do mundo. O “Manuscrito Evangelístico 220” foi roubado do Mosteiro grego, Theotokos Eikosiphoinissa (Kosinitza), por tropas búlgaras em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial.
Líderes do Museu da Bíblia em Washington, DC, viajaram para a Grécia no início da semana, para levar o manuscrito do Evangelho, do século 10.
A cerimônia foi realizada no mosteiro histórico, no norte do país, e oficiada pelo arcebispo Elpidophoros da América. Entre os participantes do evento estavam Agathangelos Siskos, arquivista do Patriarcado Ecumênico; e o fundador do Museu da Bíblia, Steve Green, presidente da cadeia de lojas de artesanato Hobby Lobby.
A peça foi identificada pelo curador do Museu da Bíblia, Brian Hyland, e após confirmar suas origens, a instituição informou ao Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, líder mundial da Igreja Ortodoxa Oriental, o desejo de devolver o manuscrito.
“É uma verdadeira bênção para a irmandade monástica e para o mundo cristão ver os artefatos religiosos que foram removidos do Mosteiro oficialmente retornarem ao seu lar natural e usados a partir de agora para a edificação espiritual dos fiéis e por estudiosos de arte e história”, disse o patriarca em um comunicado.
De acordo com uma nota oficial emitida pelo museu, em 26 de agosto de 2022, o manuscrito foi comprado da Christie’s em 2011 e entrou para sua coleção em 2014. Em 2020, o museu informou o Patriarca Bartolomeu sobre a intenção de devolução do manuscrito, e como gratidão, ele permitiu que o museu exibisse o manuscrito em outubro de 2021.
Além disso, o ecumênico também emprestou outros três manuscritos “como parte da colaboração em uma exposição permanente no museu como um gesto de gratidão pelo retorno do manuscrito do Evangelho”, afirma nota.
O Museu da Bíblia informou que existem outras coleções nos EUA que também possuem manuscritos do mosteiro, e eles esperam que essas sejam igualmente devolvida, de forma voluntária, “ao seu lar de direito”.
Com informações The Christian Post e Museum of the Bible.org