Nesta segunda-feira, 20 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Refugiado. Diversos cristãos se tornam refugiados e deslocados internos devido a perseguição religiosa que enfrentam. Além disso, precisam lidar com inúmeros desafios que são acentuados pelo simples fato de serem deslocados.
A insegurança física, falta de recursos e abrigo, tráfico humano, sequestro, ataque físico e violência sexual, além dos desafios psicossociais decorrentes do trauma da fuga, são algumas das adversidades que os refugiados, de uma forma geral, encontram.
Mas quando focamos na vulnerabilidade extra em que as minorias religiosas são expostas, percebemos que ao fugir, a perseguição religiosa os acompanha. A Portas Abertas afirma que isso acontece, “porque ser cristão tem um impacto negativo na experiência do refugiado ou deslocado interno, afinal ele continua se expondo como alvo, ameaça ou pessoa menos valorizada”.
A organização que monitora a perseguição religiosa em mais de 60 países, destaca os quatro principais agentes que resultam no deslocamento de cristãos: pressão familiar, pressão do Estado, pressão da comunidade e grupos religiosos violentos.
Entenda melhor cada um:
1. Pressão familiar
Os que pertenciam a uma religião majoritária e se convertem ao cristianismo relatam que são expulsos pelas famílias, sendo até mesmo ameaçados de morte. A pressão é tão extrema que fugir é considerada a única opção.
2. Pressão do Estado
Agentes do governo, em nível local e nacional, têm poder e recursos para prejudicar cristãos, inclusive por meio do uso de leis relacionadas a blasfêmia, casamento e liberdade de reunião. Além disso, eles podem não proteger as comunidades cristãs de danos, seja de forma intencional ou não, e promover uma cultura de impunidade para responsáveis de violações de liberdade religiosa.
3. Pressão da comunidade
Além da família imediata, a comunidade também pode representar uma fonte poderosa e constante de pressão, já que muitas vezes ela controla o acesso aos recursos locais.
4. Grupos religiosos violentos
Em países por todo o mundo, grupos religiosos violentos continuam tornando minorias religiosas seu alvo e as aterrorizando. Muitas vezes a tentativa deles é de erradicar todos os seguidores de Jesus da região onde operam. Esses grupos atuam em contextos caracterizados por conflitos, insegurança e ilegalidade.
Com informações Portas Abertas