Na manhã desta terça-feira (25), faleceu o pastor Antonio Dionízio da Silva, 75 anos, vítima de câncer. A informação foi confirmada por seu filho, o ex-vereador Elizeu Dionízio, que prestou uma homenagem emocionante ao pai nas redes sociais. “Hoje meu pai partiu. Dia triste. Silencioso. O coração sente, a alma se cala”, escreveu Elizeu. “O Senhor o recolheu e, mesmo sem entender tudo, eu confio, porque sei em quem tenho crido. Fica a saudade, ficam as memórias, fica o amor eterno. Descansa em Deus, pai”, completou.
O Instagram da igreja divulgou a data e o local da despedida fúnebre do pastor Antonio Dionízio. O velório será nesta terça-feira, às 19h, no templo sede da Igreja Assembleia de Deus Missões em Campo Grande, localizada na Rua Brilhante, 1408. E o sepultamento ocorrerá nesta quarta-feira (26) às 10h, no cemitério Parque das Primaveras.
O presidente da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), pastor José Wellington Costa Júnior, recebeu com tristeza a notícia do falecimento do estimado pastor Antonio Dionízio da Silva, que era líder da Assembleia de Deus em Campo Grande (MS). “Com 75 anos completados no dia 21/03, ao longo de sua vida Pr. Dionízio prestou grandes serviços à Assembleia de Deus no Brasil, servindo na Mesa Diretora da Convenção Geral e também cooperando como Presidente do Conselho Administrativo da CPAD, além de Presidir a AD de Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), bem como a Convenção destes respectivos estados. Externamos à família e toda Igreja em Campo Grande, os sentimentos do Presidente e Mesa Diretora, Ministros das Assembleias de Deus do Brasil”, afirmou o líder da CGADB.
Há mais de 30 anos, o pastor era presidente da Assembleia de Deus em Campo Grande (MS) e foi ex-presidente do Conselho Administrativo da CPAD (1995-2003). Começou dirigindo igrejas no Espírito Santo e foi ex-presidente das Assembleias de Deus em Rondônia. Nasceu em 21 de março de 1950, na cidade de Goianinha (RN), filho de Pedro Dionízio da Silva e Adalgiza Ferreira da Silva.
Na Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil (CGADB), pastor Dionízio passou a ocupar cargos desde 1985, quando, pela primeira vez, foi eleito membro do Conselho Administrativo da CPAD. Ele permaneceu cinco anos como conselheiro. Em 1990, foi eleito 2° secretário da Mesa Diretora da CGADB e, depois, 1° secretário, no biênio 1993-1995. O pastor assumiu a presidência do Conselho Administrativo da CPAD em 1995, cujo cargo permaneceu por quatro mandatos, período em que a editora começou a alcançar os seus maiores níveis de crescimento, tendo fundado nessa época a Editorial Patmos, dentre outras realizações, e inaugurado o novo prédio administrativo em 2000. Em 2003, foi eleito 2° secretário da Mesa Diretora da CGADB, e em 2005, 5° secretário. Na assembleia geral da CGADB em 2007, foi escolhido membro do Conselho Administrativo da CPAD.
Quando criança, aceitou a Jesus, por volta dos 11 anos, por meio de uma menina que era da igreja Batista e cujo pai era pastor. Ela falou de Jesus para Dionízio, que tinha os pais muito católicos. Sua mãe chegou a fazer promessa para que ele fosse padre, mas a menina lhe falava muito de Jesus e, certo dia, quando ele estava deitado, ouviu os crentes que passavam pela rua cantando o hino n° 15 da Harpa Cristã. Naquela noite, ele aceitou Jesus. Teve uma visão que não conseguia entender e chorava muito. Seus pais perguntavam porque ele chorava tanto, e ele não conseguia explicar. Depois daquele dia, teve mais duas visões.
Depois de sua conversão, foi para o Rio de Janeiro, onde passou quase toda a sua adolescência. Nessa ocasião, esfriou um pouco na fé. Cursou o antigo primeiro e segundo grau no Colégio Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, especializando-se como auxiliar de administração. Em seguida, Dionízio foi para São Paulo, onde voltou definitivamente para Jesus. Foi batizado nas águas em 20 de junho de 1974, tendo recebido o batismo no Espírito Santo no mês anterior. Com o tempo, já em Vitória (ES), por volta dos seus 25 anos de idade, ele orava muito com alguns irmãos e, de vez em quando, Deus usava alguém para lhe dizer que tinha um plano especial para a sua vida, um ministério. O tempo foi passando e as promessas, concretizando-se.
Ele iniciou suas atividades na igreja como porteiro, depois auxiliar, diácono em 1974 e presbítero em 1976, tornando-se evangelista em 1978 e secretário da Convenção das Assembleias de Deus no Espírito Santo e líder da juventude no Espírito Santo, em nível local e estadual.
Em 1978, Dionízio foi pastorear a AD em Anchieta (ES). Quase um mês depois de assumir aquela igreja, ele foi consagrado pastor, em 23 de novembro de 1980. De Anchieta, voltou, em 1980, para a sede do ministério, onde foi secretário, tesoureiro e copastor da igreja. No mesmo ano, pastor José Reis foi transferido para Porto Velho (RO) e o chamou para trabalhar com ele. Atendendo ao convite, ele assumiu, em 1981, a liderança da AD em Vila Nova do Mamoré, perto de Guajará-Mirim, próximo à fronteira com a Bolívia. Ficou ali por quatro meses e voltou ao Espírito Santo, onde ficou cooperando com o novo pastor. Retornou, porém, a Rondônia, a pedido do pastor José Reis.
Em 1983, ele foi empossado como vice-presidente da AD em Porto Velho. Três meses depois, em outubro, o pastor presidente daquela igreja, José Reis, faleceu. Dionízio não se sentia preparado para assumir uma igreja de capital daquele porte, com 600 membros e seis congregações naquela época. Porém, por decisão geral do ministério, ele assumiu a presidência da igreja e da Convenção da Assembleia de Deus do Estado de Rondônia. Na época, ele estava com 32 anos de idade.
Em 1985, formou-se bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica de Lorena (SP). Ainda pastoreando Porto Velho, foi convidado para assumir o pastorado da AD de Campo Grande (MS), o que aconteceu em 6 de junho de 1991. Na época, a igreja nesta cidade contava com 35 congregações e pouco mais de 3 mil crentes. Quando deixou o pastorado da AD de Porto Velho, em 20 de dezembro de 1991, havia 16 mil membros, 126 congregações e 200 pastores em todo o estado, além de um centro de recuperação, um colégio padrão, uma casa pastoral, três carros novos, serraria e serralheria.
Em 2000, com cerca de oito anos de pastorado, a AD em Campo Grande contava com 120 templos, 70 construções e aproximadamente 14 mil membros, com a aquisição de um terreno para construir um grande templo, com capacidade para 7 mil pessoas. A igreja mantinha 24 missionários, os quais estavam na Bahia, Maranhão, Portugal, Argentina, Peru e Japão.
No Instagram pessoal do pastor, a descrição do perfil o define assim: “MISSÕES está no meu DNA. Há mais de 40 anos ganhando almas para o Reino!”. O pastor deixa a esposa Gleicí Motta e três filhos: Lóide, Quézia e Elizeu, frutos do primeiro casamento.
Fonte: Dicionário Movimento Pentecostal – Isael Araújo (CPAD) e CGADB
1 comentário
Não dá para sorrir neste dia tão difícil.com a partida do nosso PR mentor e um desbravador das missões no Brasil e internacional.
Pois deixou uma profunda saudades..e serei eternamente mente grato por tudo que aprendi desde os meus 17 anos.
PR Jarbas arruda morrinhos GO.