Conforme resolução da Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED), órgão subordinado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2015, os preços de medicamentos sofrem reajustes no dia 31 de março de cada ano.
O valor, a ser reajustado a partir da próxima segunda-feira (31), ainda não foi divulgado pelo CMED. Porém, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) estima que varie entre 2,60% e 5,06%, com um reajuste médio de 3,48%.
Para o diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, “o aumento vai ficar em torno de no máximo 3,8%”.
Ele explica que “as farmácias apenas repassam esse reajuste, que é uma negociação entre o governo e a indústria farmacêutica. As farmácias não têm poder de definir o percentual”.
Seguindo a estimativa, se o reajuste for confirmado em 3,8%, o aumento deste ano causará menos impacto ao bolso dos brasileiros, que nos anos anteriores.
Em 2024, a negociação entre a câmara regulatória e representantes da indústria farmacêutica resultou em um encarecimento de 4,50%. Os maiores reajustes dos últimos anos ocorreram em 2021 e 2022, de 10,08% e 10,89%, respectivamente.
O reajuste tem por base um modelo de teto de preços calculado por meio de: um fator de produtividade da indústria farmacêutica (Fator X); uma parcela de fator de ajuste de preços relativos entre setores (Fator Y); e uma parcela de fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z), utilizando-se o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses. O objetivo desse cálculo é evitar aumentos que ultrapassem a inflação do período.
De acordo com a câmara regulatória, as empresas farmacêuticas podem aplicar o valor de aumento de uma só vez ou optar por fracioná-lo ao longo do ano.
Redação CPAD News/ Com informações SBT News, Anvisa, Diário do Nordeste e Viva Bem.Uol