Nesta quarta-feira (26), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky pediu aos Estados Unidos que sancionem ainda mais a Rússia. Um dia após os Estados Unidos chegarem a acordos separados com os dois líderes, Putin e Zelensky na terça-feira (25) para reduzirem os ataques e um cessar-fogo no Mar Negro.
Segundo o presidente ucraniano, o país não está buscando “paz real” após lançar ataques com drones que causaram danos em vários lugares. Ele disse que houve ofensivas contra sua cidade natal, Kryvyi Rih, e na região de Sumy, no norte.
O governo russo afirmou nesta quarta (26) que várias condições precisam ser atendidas para que o acordo de cessar-fogo no Mar Negro entre em vigor, onde segundo ele ignorou suas necessidades. A Rússia quer a reconexão do banco agrícola estatal Rosselkhozbank ao sistema de pagamentos internacionais Swift. Porém, essa e outras medidas podem exigir a concordância dos países europeus.
Um dos acordos anunciados por Trump foi o cessar-fogo no Mar Negro, que é uma região estratégica para a economia ucraniana. Desde o início da guerra, a Rússia impôs um bloqueio naval à Ucrânia e isso ocasionou ao aumento dos preços dos alimentos, tendo em vista que as exportações foram afetadas.
Mesmo assim, a Ucrânia conseguiu aumentar a segurança marítima e reabrir os portos nos últimos meses, porém, o local ficou sendo alvos constantes de ataques aéreos russos. O acordo suspenderá os bombardeios, porém, a Rússia afirma que só serão interrompidos se houver a reintegração de alguns bancos russos ao sistema financeiro internacional. Já a Ucrânia informou que os acordos não preveem a suspensão de sanções para começar a valer.
Outro ponto no acordo é a suspensão temporária de bombardeios contra a infraestrutura energética. De acordo com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, o país precisará de “garantias claras”. “E dada a triste experiência de acordos apenas com Kiev, as garantias só podem ser o resultado de uma ordem de Washington para Zelensky e sua equipe para fazer uma coisa e não a outra”, afirmou.
Redação CPAD / Com informações G1 e CNN Brasil