Em decreto recente, o Afeganistão decidiu exigir que todas as mulheres cubram o rosto ao sair em público. O país sempre adotou uma postura conservadora, mesmo durante os 20 anos da intervenção dos Estados Unidos. Antes do Talibã, as mulheres precisavam apenas do lenço na cabeça para andar em público. Apenas em algumas áreas rurais elas usavam a burca. Com o novo decreto, todos os direitos que as mulheres conquistaram no país retrocederam.
Mahbouba Seraj, proeminente jornalista e ativista afegã, destacou em entrevista à BBC vários problemas urgentes do país, como a falta de escolas, o desemprego, a fome, os suicídios de homens-bomba, entre outros. Mas “o país escolheu ir atrás das mulheres. As mulheres não são o problema”, diz ela.
Saleha (pseudônimo) viveu os desafios do extremismo religioso afegão. Ela e o marido eram membros do movimento pela esperança, que busca levar amor verdadeiro para o Afeganistão. Diferente da maioria, eles se casaram por amor. Por conta disso, eles não eram bem vistos na vila em que moravam. Saleha se mudou para outra cidade onde uma família cuidou dela como se fosse sua filha. Mas ela ainda acredita que o marido esteja vivo. Assim como Saleha, outras famílias foram vítimas do extremismo religioso.
Segundo a Portas Abertas, o Afeganistão está na 1ª colocação da Lista Mundial da Perseguição 2022.
Com informações: Portas Abertas (26.05.22)