Na noite de 11 de maio até as primeiras horas do dia 12, quarenta e três cristãos foram assassinados e muitos ficaram feridos, em dois ataques nas comunidades de Takalafiya e Gwanja. Entre as vítimas estavam o reverendo Daniel Danbeki, da Igreja Evangélica Ganhando Todos (ECWA) no condado de Karu, e sua esposa.
Segundo relatos de sobreviventes ao Morning Star News, o casal foi morto junto com outros moradores que dormiam em suas casas. O ataque resultou em várias outras casas e um prédio da igreja incendiados. Os feridos foram encaminhados para o Centro Médico Federal em Keffi.
“Escrevo isso com dor, pois tenho ido ao Centro Médico Federal, Keffi, quase todos os dias para verificar meu povo que foi atacado por pastores Fulani e terroristas em Takalafia e, para minha surpresa, nenhum funcionário do governo os visitou no hospital para auxiliá-los”, afirmou Isaac Dabu, um morador da vila.
De acordo com Dabu, as cristãs foram deixadas à mercê de Deus, com suas contas médicas se acumulando, sem ninguém para pagar as contas. Seu irmão mais velho ficou gravemente ferido e está entre a vida e a morte.
“A questão é: qual é o pecado cometido pelos cristãos nas comunidades de Takalafiya e Gwanja? É porque somos cristãos que estamos sendo atacados, e os governos estadual e federal controlados pelos muçulmanos não se importam em nos proteger?”, questionou o cristão, desabafando.
Os Fulani formam o maior grupo étnico nômade do mundo e são de maioria muçulmana. Os militantes Fulanis, radicalizados pelo Islã extremo, emergiram de seu grupo de pessoas com intenções jihadistas.
A International Christian Concern (ICC), classificou em seu relatório do Perseguidor do Ano de 2022, a Nigéria como o país de pior perseguição do mundo. Radicalizados e armados islâmicos Fulani mataram dezenas de milhares de cristãos e deixaram mais de três milhões de desabrigados em um genocídio de 20 anos contra eles.
Com informações ICC