Após Fidel Castro e Che Guevara derrubarem o então presidente cubano Fulgêncio Batista, em 1º de janeiro de 1959, por meio de um levante armado, inúmeras mudanças políticas e socioeconômicas começaram a acontecer em Cuba.

Uma semana depois, Havana foi tomada e se tornou a sede do governo socialista, hostil aos Estados Unidos e aliado à União Soviética. Uma nova Constituição foi implantada e o país foi estruturado como um Estado comunista.

Desde então, foi instaurada uma intensa repressão a todos que não aderem aos valores do Partido Comunista de Cuba, e pregar o Evangelho se tornou uma tarefa extremamente desafiadora. Apesar da repressão e perseguição, muitos pastores permanecem no ministério com força e determinação e a igreja cristã local continua crescendo.

“Eu nasci em 1962, em um lar cristão. Meu pai era pastor em uma pequena igreja no estado de Pinar del Río. Sou o filho mais velho e tenho outros dois irmãos. A vida foi dura; crescemos em um período de grande escassez econômica e tensão social”, relata pastor Angel (pseudônimo), que exerce seu ministério em Cuba há 40 anos.

Quando o pastor Angel nasceu, Fidel Castro estava no terceiro ano de governo. Castro já havia fechado igrejas, estatizado as propriedades, incluindo aquelas que pertenciam a organizações religiosas, e reprimiu os cristãos, forçados a se reunirem clandestinamente, em segredo.

Aos três anos, Angel viu seu pai ser preso pelo governo, pelos simples fato de ser pastor. Nos anos 1960, foi criado a Junta Militar de Fomento à Produtividade (UMAP, da sigla em espanhol), uma organização de recrutamento militar que enviava pessoas para campos de trabalho forçado em diversas partes de Cuba, entre 1965 e 1968.

Muitos líderes cristãos foram recrutados para as brigadas militares, incluindo o pai de Angel. “Meu pai foi levado pela UMAP e permaneceu fora de casa durante três anos. Minha mãe estava desempregada nessa época, por isso fomos morar com meus avós. Ela precisou cuidar de mim e do meu irmão, duas crianças pequenas, sozinha”, contou Angel.

A Portas Abertas compartilhou um pouco da história de Angel e seu pai, que viveram na pele os desafios de ser cristão em Cuba.

 

Com informações Portas Abertas

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