Na noite da última quinta-feira (20), um homem foi violentamente linchado por uma multidão no Vale do Swat – província de Khyber Pakhtunkhwa, no Paquistão, após ser acusado de profanar uma cópia do Alcorão.
Identificado apenas como um turista da província de Punjab, o homem estava sob custódia da polícia, na área de Madyan, quando foi capturado à força pela multidão e assassinado.

O jornal paquistanês, Dawn, informou que foram feitos anúncios nos alto-falantes da mesquita, incitando uma multidão de mulçumanos a se reunir e invadir a delegacia onde o acusado estava. De acordo com o periódico, o grupo capturou o homem, incendiou a delegacia e uma viatura policial e após matar o homem com tiros, incendiou seu corpo.

O ataque foi condenado pelo ministro do planeamento, Ahsan Iqbal, neste sábado (22), que lamentou como a religião se transformou em uma arma para justificar a “justiça de rua” e o “vigilantismo”.

Segundo a Reuters, uma investigação foi iniciada pelas autoridades do Paquistão, para identificar e prender os envolvidos no linchamento.

A organização de direitos humanos, Christian Solidarity Worldwide (CSW), que defende a liberdade religiosa em mais de 20 países pelo mundo, ressaltou que, frequentemente, as leis de blasfêmia do Paquistão são utilizadas indevidamente para acertar contas pessoais ou atingir minorias religiosas por meio da violência.

“O Paquistão deve fazer muito mais para prevenir tais atos horríveis de violência, incluindo acabar com toda e qualquer impunidade que cerca aqueles que fazem justiça com as próprias mãos, e revogar as leis sobre a blasfêmia que são incompatíveis com os compromissos do país com a liberdade de religião ou crença”, afirmou o fundador e presidente da CSW, Mervyn Thomas.

 

Com informações Christian Post

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