Conforme publicado no CPAD News no início desta semana, a estudante de 25 anos, Deborah Emmanuel, foi espancada e queimada até a morte por colegas de classe na Faculdade de Educação Shehu Shagari, na quinta-feira (12). A causa da violência foi uma falsa acusação de blasfema contra Maomé e por a jovem ter se recusado a namorar um muçulmano.

De acordo com o Morning Star News, após dois islâmicos suspeitos de envolvimento no assassinato da estudante cristã serem presos, no sábado (14), manifestantes muçulmanos atacaram a Catedral Católica da Sagrada Família, a Igreja Católica de St. Kevin e um edifício da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), em Sokoto, na Nigéria. Deborah era membro da ECWA em sua cidade natal Tungan Magajiya.

Após depredarem as instalações, os protestantes se dirigiram até o palácio do líder islâmico da Nigéria, Muhammad Sa’ad Abubakar, onde exigiram a libertação dos suspeitos. A multidão foi dispersada por bombas de gás lacrimogêneo, lançadas pela polícia.

Segundo os relatos, além das igrejas, os manifestantes também depredaram e saquearam lojas de proprietários cristãos na cidade.

O Reverendo Stephen Baba Panya, presidente da ECWA, uma das maiores denominações da Nigéria, pediu justiça pelo assassinato de Deborah.

“Apelamos, portanto, ao governo do estado de Sokoto, que seja deliberado para garantir que nenhum passo seja deixado para garantir que a justiça não seja apenas vista como sendo feita, mas que de fato seja feita”, afirmou.

De acordo com o mais recente relatório da Missão Portas Abertas, 4.650 cristãos morreram na Nigéria em 2021. O país foi o lugar onde mais cristãos foram mortos e sequestrados (mais de 2.500 casos), por sua fé.

Com informações de Guiame, Morning Star News e Portas Abertas

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