Atualmente, Burkina Faso está, pela primeira vez, entre as maiores crises de deslocados internos negligenciadas do mundo. O ranking é resultado de uma pesquisa anual do Conselho de Refugiados da Noruega. A maioria dos países da África Subsaariana já estava na lista desde a primeira pesquisa, há sete anos.

Com as doações e a atenção das mídias e agentes internacionais priorizando a crise na Ucrânia, não há recursos suficientes para ajudar o número crescente de necessitados na África e em outras nações. Com isso, crises já existentes se agravaram, pois o número de organizações que as socorrem está reduzido.

Muitas regiões de Burkina Faso não podem ser acessadas por causa da insegurança Nos últimos anos, o país viu a insurgência da violência, principalmente de grupos militantes islâmicos, como o Grupo de Apoio ao Islã e Muçulmanos (JNIM, da sigla em inglês). Estima-se que 40% do território não está mais sob controle do governo no país que já sofreu dois golpes políticos em 2022.

Segundo analistas da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, os cristãos são os mais vulneráveis e enfrentam altos níveis de insegurança, com assassinatos e ataques a igrejas. A violência na África Subsaariana, aumentou significativamente em 2022 e as últimas análises do Centro de Estudos Estratégicos da África mostram que 40% dos atos violentos na África são responsabilidade de grupos militantes islâmicos.

 

Com informações: Portas Abertas (12.07.23)

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