Neste domingo (14), o ciclone Mocha passou pelo litoral de Bangladesh e de Mianmar, atingindo principalmente o estado de Rakhine à oeste de Mianmar, e provocou temporais com ventos de até 210 km/h, derrubando postes de energia elétrica, destruindo barcos de pesca, danificando prédios e causando o deslocamento de milhares para áreas mais seguras, conforme informado pela agência Reuters.

Ao longo da última segunda-feira (15), a junta militar birmanesa atualizou o número de mortos e feridos algumas vezes. Na tarde desta terça (14), de acordo com a AFP, as autoridades locais atualizaram o número de mortos para “pelo menos 60”.

“Haverá mais mortes porque mais de 100 pessoas estão desaparecidas”, disse Karlo, administrador do vilarejo de Bu Ma, à AFP, nesta terça.

O resultado deste ciclone agrava ainda mais a situação de crise humanitária instaurada na região, devido ao conflito local entre a junta militar governante de Mianmar e as forças populares pró-democracia. De acordo com a International Christian Concern (ICC), instituição que dá suporte à igreja globalmente perseguida, por conta desta realidade, cerca de 6 milhões de pessoas na região de Rakhine e no noroeste do país, já necessitam de ajuda humanitária e ao menos 1,2 milhão de pessoas já haviam se deslocado.

Ramanathan Balakrishnan, coordenador residente da ONU, destacou que, “um ciclone atingir uma área onde já existe uma necessidade humanitária tão profunda é um cenário de pesadelo, impactando centenas de milhares de pessoas vulneráveis ​​cuja capacidade de enfrentamento foi severamente corroída por crises sucessivas”.

Com informações Isto É, AFP e ICC

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