Os cristãos vivem sérias violações da liberdade religiosa na Indonésia, que celebra 77 anos da sua Independência nesta quarta-feira (17). Em 17 de agosto de 1945, o país colonizado pela Holanda conseguiu a autonomia política. No último dia 3 de agosto, o presidente Joko Widodo anunciou o projeto de alteração no Código Criminal e uma das grandes discussões é o futuro da lei de blasfêmia no país.

Segundo um analista da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, “a lei de blasfêmia pretendia proteger as religiões reconhecidas pelo Estado, que incluía os cristãos, mas na prática, a população composta de 80% de muçulmanos utiliza essa lei para discriminar as outras religiões. A Indonésia era conhecida pelo islamismo moderado, mas isso parece estar mudando com o número absurdo de denúncias de blasfêmia”.

Em 2019, o Código Penal ampliou a definição de blasfêmia e determinava cinco anos de prisão para quem pertence a uma das seis religiões não muçulmanas reconhecidas pelo governo da Indonésia, e o cristianismo é uma delas. A lei de blasfêmia é usada para perseguir cristãos.

De acordo com a Portas Abertas, o país é o 28º país da Lista Mundial da Perseguição 2022 (LMP).

 

Com informações: Portas Abertas (17.08.22)

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