Em meados de julho, uma cristã de 57 anos morreu após ser atingida por um tiro disparado por extremistas hindus do grupo Arambai Tenggol no distrito indiano de Imphal, Leste de Manipur.
Lucy Marem era portadora de uma doença mental. A família encontrou seu corpo na rua, quase irreconhecível. Mas a identificação foi confirmada por um vídeo que registrou o assassinato brutal e circulava nas redes sociais. No vídeo, é possível ver a cristã sendo baleada na cabeça múltiplas vezes.
“O assassinato brutal da cristã naga mostra a barbaridade e sangue-frio dos extremistas meitei. É inimaginável pensar em quantas vidas inocentes foram ceifadas e quanto sangue foi derramado. Muitos vídeos que mostram a violência extrema estão vindo à tona agora. É terrível ver tanta ferocidade contra os cristãos. Nossos corações clamam a Deus junto às vítimas e suas famílias”, afirmou Priya Sharma, parceira da Portas Abertas na região.
O caso de Lucy é mais um em meio às centenas de mortes causadas pelo conflito entre as comunidades indígenas kuki e meitei. Os vídeos desses episódios radicais são utilizados por muitos extremistas hindus com a finalidade de assustar e ameaçar os moradores de Manipur.
No último dia 3 de agosto, a comunidade Kuki-Zo organizou um funeral em massa, como forma de despedida das vítimas assassinadas pela violência. A decisão alimentou ainda mais o conflito e o governo pediu que o funeral fosse adiado. A maioria dos líderes indígenas acatou o pedido.
No entanto, forças armadas meitei realizaram novos ataques para impedir o funeral.
Ataques como os que os cristãos enfrentam em Manipur, além causar terror e incertezas do futuro, tiram alimentos, acesso a água e outros itens básicos de sobrevivência da comunidade cristã local.
Com informações Portas abertas