A cristã nigeriana Ana* estava no hospital onde trabalhava, quando a sua cidade foi invadida pelo Boko Haram. Na ocasião, 150 igrejas foram destruídas. Também foram atacadas escolas e delegacias. Após o marido ligar, ela conseguiu ir para casa. Eles tentaram fugir de carro, mas foram interceptados por uma emboscada – havia jihadistas disfarçados de soldados do exército.

Um militante perguntou ao marido dela se ele era “muçulmano ou infiel” e acabou sendo assassinado com cinco tiros na cabeça ao responder que era cristão. Quando repetiram a pergunta, ela deu a mesma resposta. Um jihadista apontou a arma para ela, mas outro pediu que ele parasse. Eles pegaram todos os objetos de valor do carro e a deixaram seguir. Ela dirigiu por dois quilômetros em estado de choque. Quando recobrou a consciência, não conseguiu mais dirigir e saiu correndo.

Ela foi ajudada por algumas pessoas e, após encontrar o filho primogênito, fugiu para as montanhas com um grupo de cristãos. Eles estavam com sede e fome, mas só depois de um tempo conseguiram entrar em contato com uma igreja da capital, que enviou um ônibus para resgatá-los. Somente após três dias ela encontrou os cinco filhos. Eles tiveram que ficar três semanas na capital, até o governo recuperar o controle da cidade.

Segundo a Portas Abertas, a Nigéria é o 7º país na Lista Mundial da Perseguição 2022.

*Nome alterado por segurança.

 

Com informações: Portas Abertas (23.05.22)

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