Uma das mais recorrentes estratégias utilizadas para levar cristãos à prisão no Paquistão, são as falsas acusações de blasfêmia. Anwar Masih foi preso em junho de 2020 por supostamente blasfemar contra o profeta Maomé, e, recentemente, teve o pedido de fiança negado por um tribunal local.

O cristão de 57 anos viu sua família se dissipar, após sua esposa e filha, que se casou com um muçulmano em 2017, se converteram ao islamismo. O restante da família permaneceu cristã, mas criou-se uma tensão com elas.

Para mediar uma conversa entre os dois lados religiosos da família, a esposa de Masih acionou a polícia local, que ao invés de melhorar a situação, lançou um ataque legal contra o cristão. Um dos filhos de Masih relatou ao Asia News, que os membros cristãos da família receberam ameaças de morte e foram forçados a se esconder. Apesar de notificarem as autoridades, a perseguição contra eles foi ignorada e se concentraram apenas em pressionar o caso de blasfêmia contra Masih.

De acordo com o filho de Masih, os familiares cristãos seguem comprometidos com sua fé em Deus, até a morte.

O caso foi comentado por defensores e organizações de direitos humanos, que manifestaram indignação e oposição ao abuso das leis de blasfêmia do país pelas autoridades paquistanesas. A Voice for Justice criticou o sistema de justiça do Paquistão, destacando o tratamento tendencioso das minorias religiosas pela maioria muçulmana dominante.

Apesar das constantes acusações e sentenças contra os cristãos nos últimos anos, a Comissão Nacional de Justiça e Paz dos bispos católicos do Paquistão, relatou alguns pequenos, mas significativos, desenvolvimentos positivos para cristãos perseguidos em 2022. Ao menos seis casos de acusação ​​de blasfêmia receberam fiança este ano.

 

Com informações International Christian Concern (ICC)

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