Acusado de profanar o Alcorão, Rehmat Masih foi preso no Paquistão em 3 de janeiro. O cristão declarou-se inocente ao juiz no último dia 31 de maio.

Os muçulmanos justificaram a acusação de blasfêmia, por terem presumido que Masih era o responsável por páginas do Alcorão que foram encontradas em um esgoto. As páginas em questão, eram da editora onde o cristão trabalhava como faxineiro, mas ao ser confrontado, ele afirmou não ter conhecimento sobre o material.

Apesar de não existir provas que justifiquem a acusação, a polícia o prendeu e negou o pedido de fiança em 19 de janeiro.

Funcionários e proprietários da editora já haviam pressionado Masih a se converter ao Islã, mas ele recusou repetidamente. Quando foi preso, a polícia o torturou, coagindo-o a confessar inicialmente o crime de blasfêmia que ele afirma não ter cometido.

A International Christian Concern (ICC) conta que a esposa e os dois filhos do cristão também enfrentaram perseguição e ameaças por parte da polícia, que os “alertou” para não contestar o processo legal contra Masih. Eles precisaram se mudar para sua própria segurança.

Neste caso, como em muitos outros no Paquistão, as leis de blasfêmia são frequentemente usadas como armas contra os cristãos.

De acordo com o Centro de Justiça Social, pelo menos 1.949 pessoas acusadas de blasfêmia entre 1985 e 2021 foram submetidas a falsas alegações, julgamentos prolongados e deslocamento.

Com informações International Christian Concern (ICC)

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