Apesar das diversidades do clima, das condições dos trajetos, Cho* segue fazendo missões com sua motocicleta em Mianmar. Geralmente, as jornada de moto levam de dez a doze horas. De vez em quando, ele deixa a família para ministrar a outros cristãos, muitas vezes em áreas de difícil acesso. Ele se prepara para a viagem com uma lanterna e um facão, que serve para limpar galhos e ramos ao longo do caminho.
Como o país está em uma guerra civil, há postos de controle em quase todo quilômetro e é preciso pagar pedágio nos postos liderados tanto por militares quanto por rebeldes civis. Além da guerra em andamento, o clima também pode ser traiçoeiro: “Quando chove, eu preciso usar capa de chuva e a estrada fica escorregadia e lamacenta. Tem vezes que preciso cruzar rios sem pontes, algumas vezes à noite. É muito escorregadio e as encostas são íngremes. Então preciso descer da moto e, se cair, preciso levantá-la. Toda a jornada – de ida e volta – leva uma semana. É muito perigoso ir sozinho”, compartilhou.
Em 2015, Deus deu a ele um discípulo para treinar e viajar, o jovem pastor Aung Aung*. “Eu oriento o irmão Aung Aung, para ir aos treinamentos comigo e preparar os cristãos para a perseguição. Eu o levo toda vez que viajo e o ensino. Agora com um ajudante é mais fácil viajar. Não estou mais sozinho”, finalizou.
*Nomes alterados por segurança.
Com informações: Portas Abertas (28.08.24)