A hostilidade aos cristãos persiste desde o século 19, quando o islamismo cresceu no Sudão. Mesmo nos arredores da capital, os fiéis estão vulneráveis a ataques da comunidade e da própria família. Desde que o país se tornou independente da Grã-Bretanha, em 1956, o Sudão sofre conflitos violentos recorrentes e durante 30 anos esteve sob a ditadura islâmica de Omar al-Bashir, quando a sharia (conjunto de leis islâmicas) foi imposta.
Em 2019, o regime de al-Bashir foi derrubado e foi sucedido por uma onda de violência, protestos e crises sociopolíticas. No ano posterior, algumas decisões sugeriam avanços na defesa dos direitos humanos, como o fim da pena de morte por apostasia ao islã. No entanto, desde o dia 15 de maio, uma nova instabilidade sociopolítica, com protestos e conflitos armados entre o exército e grupos paramilitares, ameaça os direitos humanos recém-conquistados.
Segundo a Portas Abertas, o país é o 10º na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Com informações: Portas Abertas (26.05.23)