Dois casos de intolerância religiosa foram relatados recentemente na Indonésia. No primeiro, cristãos da Igreja Reformada Evangélica Indonésia decidiram auxiliar vítimas do terremoto em Cianjur, Java Ocidental, que ocorreu em 21 de novembro. Na ocasião, 321 pessoas morreram e 73.874 ficaram desabrigadas. O grupo de cristãos colocou placas com os dizeres: “Equipe de ação da Igreja Reformada Evangélica Indonésia” em tendas das vítimas do terremoto, porém essas foram removidas.
A investigação concluiu que o grupo responsável pela ação foi o Movimento Reformista Islâmico (GARIS, da sigla em inglês), uma organização radical islâmica. O grupo responsável pela ação foi apoiado pela polícia. Eles alegaram que as tendas estavam cheias de infiéis. Segundo o chefe da polícia de Cianjur, AKBP Doni Hermawan, a retirada da placa não foi um ato de intolerância.
O segundo caso envolveu Gratia Pello, um apologeta indonésio, que foi preso sob suspeita de blasfêmia ao islamismo em seu canal no Youtube no dia 7 de dezembro. Ele tem sido alvo da Comunidade Indonésia Mualaf desde que apareceu no Youtube, há nove meses. O conteúdo foi considerado uma interpretação falsa de um tema do Alcorão. Ele foi detido e teve a família ameaçada por um muçulmano radical.
Com informações: Portas Abertas (19.12.22)