A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) recebeu, na manhã de quarta-feira, 28 de julho, uma visita do líder da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus em Minas Gerais e Outros (CONFRADEMGO), pastor Samuel Lopes da Silva, e de obreiros e membros da Assembleia de Deus Missões em Juiz de Fora (MG), liderada pelo pastor Samuel. Os irmãos chegaram em ônibus fretado. A visita faz parte de um projeto do líder da igreja para que seus membros e obreiros conheçam mais a sua denominação e a estrutura dela. À tarde, o grupo esteve visitando a sede administrativa da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Brasil (CGADB) e a Faculdade das Assembleias de Deus (FAECAD), ambas também no Rio de Janeiro.

Formado em Teologia e Engenharia Civil, e com licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas (além de um curso não concluído de Matemática Plena), o pastor Samuel Lopes foi batizado nas águas em 12 de setembro de 1957, na Assembleia de Deus em Murici (AL); batizado no Espírito Santo em setembro de 1965; e consagrado ao pastorado em 7 de novembro de 1976. Ele serviu ao Senhor nas Assembleias de Deus em Murici (AL); em Manaus (AM); em Goiânia (GO), onde foi vice-presidente; em Belém (PA); em Campo Grande (MS), onde também foi vice-presidente, superintendente da Escola Dominical e 1º secretário da Convenção das ADs no Mato Grosso do Sul; em Dourados (MS); em Belo Horizonte (MG); e em Salvador (BA). Pastoreou a Assembleia de Deus em Caeté (MG) e nos últimos anos tem pastoreado a Assembleia de Deus em Juiz de Fora (MG).

Em sua visita à CPAD, o pastor Samuel Lopes, 83 anos, concedeu uma entrevista ao site CPADNews, ocasião em que o veterano líder contou detalhes de sua vida pessoal, da sua conversão a Cristo e dos desafios propostos à Convenção que preside e como preceptor das ovelhas do aprisco de Jesus. O pastor Samuel é casado com a irmã Marlene Cavalcante da Silva, pai de quatro filhos e avô de quatro netos, tendo nascido no município de Murici (AL), em uma fazenda. Ele veio a Juiz de Fora há pouco mais de 37 anos. Pastor Samuel já foi membro do Conselho de Capelania da CGADB e é, além de presidente, fundador da CONFRADEMGO.

Como foi a sua conversão a Cristo?
Eu recebi a Jesus como meu Salvador pessoal com aproximadamente cinco anos de idade, quando a minha família morava em uma fazenda. Meus irmãos passaram a frequentar a igreja e se converteram, exceto meus genitores. O meu pai chamava-se Isaías Lopes da Silva, de origem batista; e minha mãe era Maria Joaquina de Oliveira, que era católica. A conversão de meus irmãos aconteceu nos átrios da Assembleia de Deus, uma vez que era a única igreja na cidade de Murici, no interior de Alagoas O obreiro responsável pela igreja local chamava-se José Antônio, que exercia o cargo de auxiliar de trabalho, mas a sua conduta em meio aos fiéis e demais membros da comunidade condizia a de um pastor, de modo que muita gente o considerava assim. Mais tarde, durante uma Convenção ocorrida em Maceió, ele foi destacado para o presbitério.

Qual o atual panorama do Evangelho em Minas Gerais, principalmente nas cidades onde há pastores ligados à Confrademgo?
A cidade de Juiz de Fora é muito bem evangelizada. Também há muitas igrejas assembleianas ali que tiveram sua origem como fruto do trabalho das Assembleias de Deus nas cidades de Petrópolis e Nova Friburgo, ambas aqui do Rio de Janeiro, e de demais igrejas. Temos procurado agregar esses trabalhos que nasceram lá através da CONFRADEMGO. A nossa igreja foi fundada em 1960 e administra trabalhos em Minas Gerais e também nas cidades de Queimados (RJ), Apiacá e São José do Calçado, estas duas no estado do Espírito Santo. Em Juiz de Fora, contamos com cerca de 5 mil membros e já computamos mais de 15 mil pessoas que desceram as águas batismais. Estou em Juiz de Fora há mais de 37 anos.

Quais os principais desafios da Confrademgo hoje em dia?
Um dos principais desafios é fazer a Convenção se desenvolver. A preocupação de nossa igreja e da nossa Convenção é divulgar o Evangelho. Hoje nos preparamos para a realização de uma cruzada em Juiz de Fora agendada para o dia 8 de outubro. A Convenção e a igreja têm divulgado nos grupos sociais para que também outros ministros que estão sem referência de liderança venham se juntar a nós.

O que o senhor considera o maior desafio dos pastores e das igrejas hoje em dia?
O maior desafio é agregar o pessoal devido à disseminação de igrejas com várias modalidades. Mesmo a Assembleia de Deus, através de nossos jovens, tem sido influenciada. Este panorama cria uma dificuldade, uma vez que a juventude deseja o contexto que lhes seja mais simpático. Em virtude disso, sempre que tenho a chance de falar com eles, digo o seguinte: “Antes de tudo, eu já tive as mesmas experiências que vocês!”. O nosso desafio é manter o jovem no ambiente da igreja e nos cultos, e digo isso devido ao advento da tecnologia, que tem influenciado as mentes juvenis. Muitos jovens têm interesse por alguma igreja com perfil mais liberal. Como líder de igreja, eu tenho que lidar tanto com o que chamamos de “velha guarda” quanto com os crentes mais jovens, e fazer a conexão entre os dois grupos, mas sem esquecermos do estudo constante da Palavra de Deus. A juventude está mais interessada em algo mais aberto e o pessoal “das antigas” tem demonstrado ser mais conservador. Apesar do atual panorama, temos contemplado a bênção divina em nossa trajetória.

 

Da Redação do CPADNews

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