Uma política escolar que exige que os alunos sejam identificados por seu sexo biológico, tomou grandes proporções após ser noticiado na mídia internacional. O caso aconteceu na Flórida (EUA), quando Barry McKeen, administrador da Grace Christian School, enviou aos responsáveis, como de costume anual, uma série de emails de verão reafirmando as políticas da unidade escolar.

O documento foi enviado no dia 6 de junho e abordava as definições de sexo biológico e pecado sexual, tendo como base versículos bíblicos.

“Acreditamos que qualquer forma de homossexualidade, lesbianismo, bissexualidade, identidade/estilo de vida transgênero, auto-identificação, bestialidade, incesto, fornicação, adultério e pornografia são pecaminosos aos olhos de Deus e da igreja ( Gênesis 2:24 ; Levítico 18: 1-30 ; Romanos 1:26-29 ; I Coríntios 5:1 ; I Coríntios 6:9 ; I Tessalonicenses 4:2-7 )”, dizia o email, que destacava que “os alunos que forem encontrados participando desses estilos de vida serão solicitados a deixar a escola imediatamente.”

McKeen justificou que a medida foi enviada após a percepção da diretoria. “Percebemos que o ano passado estava terminando, algumas crianças sendo mais amigáveis ​​com o mesmo sexo do que provavelmente deveriam ser. Tínhamos a sensação de que precisávamos esclarecer [a política]”, pontuou.

Um trecho do email também argumentava sobre os casos de aluno que passaram pela mudança de sexo.
“Acreditamos que Deus criou a humanidade à Sua imagem: homem (homem) e mulher (mulher), sexualmente diferentes, mas com igual dignidade. Portanto, seu sexo biológico deve ser afirmado e nenhuma tentativa deve ser feita para mudar fisicamente, alterar ou discordar de seu gênero biológico – incluindo, mas não limitado a, mudança de sexo eletiva, travestis, transgêneros ou atos fluidos de gênero não-binários de conduta ( Gn 1:26-28 ). Os alunos na escola serão referidos pelo gênero em sua certidão de nascimento e serão referenciados no nome da mesma forma”.

A escola possui cerca de 540 alunos, e segundo McKeen, tem uma política semelhante em vigor há anos e, nunca houve uma dispensa ou expulsão de aluno por esse motivo. Ele explica que a política é “literalmente literal” e está presente nos manuais de diversas outras escolas cristãs. E, na Grace Christian School, a política é a mesma de sua abertura em 1975, com algumas atualizações de terminologia.

Porém, após o caso ter virado pauta no NBC News, McKeen notou uma presença policial no campus na sexta-feira passada (26).

A escola especificamente não foi alvo de ameaças, mas segundo o educador, ele foi pessoalmente afrontado por dois indivíduos, e um deles chegou a afirmar que incendiariam sua casa.

McKeen disse que o episódio fez com que a Grace Christian contratasse seguranças adicionais, e que além disso, muitos pais de alunos são policiais,“ então eles começaram a aparecer de qualquer maneira”.

O administrador da escola publicou um vídeo de resposta, na página da instituição no Facebook, onde afirma que a reportagem NBC News e outros meios de comunicação, tratou o caso de forma errônea, dando a interpretação que estavam “fechando suas portas” para a comunidade LGBT.

McKeen disse que fez o vídeo, pois sentiu que foram pintados como odiosos e que uma citação atribuída a ele dizendo “se você é gay, você vai para o inferno” é imprecisa, pois isso não faz parte de sua doutrina. “O que eu acredito é que qualquer pecado o enviará para o inferno se você não conhecer Jesus”, afirmou.

Além de administrador da Grace Christian, McKeen também é pastor da Grace Community Church, localizada no campus da escola.

Ele disse que não está disposto a ceder à pressão política para que a escola cristã opere livre da intervenção do Estado. “Para mim, é como, se vacilarmos nisso, somos apenas uma escola, as crianças podem aprender matemática em qualquer lugar. O que nos diferencia é que acreditamos nesses valores, vamos nos ater a esses valores”, acrescentou.

Com informações The Christian Post

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