Nesta segunda-feira (26), o Observatório do Clima (OC), rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira apresentou a nova Contribuição Nacional Determinada (NDC, na sigla em inglês) do Brasil para o Acordo do Clima de Paris. A proposta precisa ser divulgada até fevereiro de 2025 e o país deverá se comprometer a reduzir as emissões líquidas de gazes de efeito estufa em 92% até 2035, em relação aos níveis de 2005.
Atualmente, a emissão líquida do Brasil é de cerca de 2,3 bilhões de toneladas de gases – o país é o sexto maior emissor de gases do mundo. O Balanço Global, também conhecido como Global Stocktake (GST), é um processo importante que examina como os países estão cumprindo suas metas em relação às mudanças climáticas definidas pelo Acordo de Paris, o tratado internacional assinado em 2015, durante a COP21 na capital francesa.
No último domingo (25), algumas cidades brasileiras como Brasília, Goiânia, Ribeirão Preto e Uberlândia amanheceram encobertas por fumaça. Na maioria dos casos, ela foi oriunda de queimadas nos arredores. Há dias, um fluxo de ventos também tem transportado fuligem de incêndios florestais que acontecem em regiões mais distantes. O tempo seco tem dificultado a dispersão da fumaça e aumentado o risco de queimadas em várias regiões.
Ainda sobre o meio ambiente, outro fato que vem chamando à atenção é a elevação do nível dos mares. Segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial, o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em partes do Oceano Pacífico. A região é afetada por emissões globais de CO2. Um alerta foi emitido pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto. O avanço do oceano é uma preocupação global, pois pode afetar milhares de comunidades costeiras pelo mundo. Cerca de 90% da população vive a apenas cinco quilômetros da costa e metade da infraestrutura está a 500 metros do mar.
O relatório ainda revela que 34 “eventos de risco hidrometeorológico” relacionados, principalmente, a tempestades ou inundações no sudoeste do Pacífico causaram mais de 200 mortes e afetaram mais de 25 milhões de pessoas no ano passado. De acordo com o documento, houve aumento do nível do mar em alguns locais, como Kiribati e Ilhas Cook. Em outros lugares, como as capitais de Samoa e Fiji, a elevação foi quase o triplo da média — de 31 centímetros e 29 centímetros, respectivamente.
Os cientistas alertaram que se o fenômeno continuar, Tuvalu, um país insular de baixa altitude, poderá desaparecer nos próximos 30 anos.
Com informações: G1 (27.08.24)