Pesquisadores localizaram pequenos artefatos que provavelmente eram utilizados para fazer marcar pessoas escravizadas no Egito, há cerca de 3 mil anos. Documentos e ilustrações da investigação, levam a entender que sse tratava de uma prática comum.
As coleções do Museu Britânico e do Museu Petrie de Arqueologia Egípcia da University College London foram que receberam os instrumentos de marcação, feitos de bronze. Segundo estimativa de estudos recentes, os artefatos começaram a ser utilizados com a finalidade de marcar seres humanos na 19ª dinastia do Egito, de cerca de 1292 a.C e durou até a 25ª dinastia, que terminou em 656 a.C.
A suspeita da pesquisadora Ella Karev sobre a real finalidade da peça, se deu ao observar que o tamanho das marcas produzidas seriam muito pequenas no caso da marcação de gado.
Karev afirmou em entrevista ao Live Science, que não exclui a possibilidade do artefato ter sido utilizado em animais também, “mas não temos evidências de pequenos animais como cabras sendo marcados, e há tantas outras evidências de seres humanos sendo marcados”.
Segundo a pesquisadora, cicatrizes menores que 10,6 centímetros ficariam praticamente ilegíveis conforme os animais crescessem. Ela também explica a similaridade da peça com os objetos de bronze egípcios e aqueles utilizados pelos europeus para marcar africanos escravizados durante o comércio transatlântico do século XIX.
A possibilidade de ser um artefato utilizado para fazer tatuagens não é defendida pelos pesquisadores, pois estudos relatam a tatuagem no Egito antigo como característica, quase que exclusivamente, em mulheres e feita para fins religiosos.
O material e a técnica das tatuagens também se diferenciam dos usados em marcações.
Com informações Olhar Digital