Após a morte da jovem Mahsa, no dia 16 de setembro, ondas de protestos tomaram o Irã, que vive momentos de incerteza e violência. Mulheres queimaram os véus, multidões gritavam “morte ao ditador!” e a mais famosa prisão iraniana enfrentou uma grande rebelião que manifestou a indignação com as violações exercidas pela polícia da moral. Mais de 200 pessoas, a maioria jovens, morreram e muitas outras foram presas.

A instabilidade ameaça o governo que domina o país há anos. Desde 1979, líderes xiitas impõem a obediência rígida à sharia, conjunto de leis islâmicas. A Constituição faz discriminação entre pessoas de diferentes religiões, especialmente as mulheres. Atualmente, apenas 40% dos iranianos declararem-se muçulmanos, porém o governo permanece oprimindo as outras minorias religiosas.

Mais de 800 mil cristãos no Irã estão apreensivos quanto futuro. A revolta na prisão de Evin, por exemplo, foi um momento de grande tensão e surpresa. Os 12 cristãos detidos no local enfrentaram uma noite terrível com tiros e explosões, mas nenhum deles estava entre os mortos e feridos. Dois dias depois, para a surpresa de todos, os cristãos Nasser e Fariba foram libertos. A maior fonte de perseguição no Irã é o governo.

Segundo a Portas Abertas, o país é o 9º na Lista Mundial da Perseguição 2022.

 

Com informações: Portas Abertas (03.11.22)

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