Thawar Chand Gehlot, governador do estado de Karnataka assinou no último dia 17 de maio, um decreto que afeta o Estatuto de Proteção à Liberdade de Religião e havia sido aprovado em dezembro pela assembleia estadual.

Após a aprovação da lei que proíbe conversões do hinduísmo, o governador deu seis meses para o conselho analisar a norma, que havia sido suspendida pelas esferas legislativas inferiores.

“Eu não sei por que o governo de Karnataka tem tanta pressa. Ele deveria promulgar leis que promovessem o desenvolvimento econômico ou que gerassem emprego para os jovens”, disse um membro do Congresso Nacional da Índia.

Cristãos ficaram preocupados com a decisão, já que os ataques têm aumentado no país. “A hostilidade aumentou desde que o governo estadual pressionou a aprovação dessa lei com falsas informações e discursos incitando a violência e a discriminação dos cristãos“, disse um parceiro local da Portas Abertas.

Pouco antes da aprovação da lei, líderes cristãos se encontraram com o governador e imploraram que ele não assinasse o decreto. Leis anticonversão foram aprovadas em dez estados da Índia, mas as punições prescritas pela lei de Karnataka são mais severas do que as outras.

Grupos nacionalistas hindus acusam cristãos de impor a conversão de hindus e dalits e usam isso como pretexto para atacar cristãos. Os ataques se baseiam em falsas informações de conversões em massa de hindus, mas não há dados que sustentem essa narrativa. Em Karnataka, menos de 2% da população é cristã, de acordo com o censo de 2011 na Índia, e o número permanece estável.

A comunidade cristã em Karnakata sofre frequentes ameaças e ataques de nacionalistas hindus. Segundo um pastor local, as reuniões dos cristãos são chamadas pejorativamente de ‘colheita de conversões’, mas os eventos de reconversão ao hinduísmo acontecem em massa.

Com informações Portas Abertas

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